Índia quer 36 caças Rafale “o mais rápido possível”

Publicado em: 12/04/2015

Categoria: NOTÍCIAS

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Até o final do mês passado as negociações para a venda de caças Rafale para a Força Aérea da Índia continuavam a avançar, o que gerou até mesmo um anúncio de que o contrato estava 95% pronto, e que em breve poderia ser assinado.

Porém declarações do primeiro ministro da Índia, Narendra Modi, em conjunto com informações divulgadas pela mídia francesa na semana passada dão conta de que existe a forte intenção do país em adquirir um número não confirmado de aeronaves diretamente das fábricas francesa, a primeira vista em suposto desacordo com a pretensão inicial do MRCA (Medium Multi-Role Combat Aircraft), como era denominado o programa de obtenção do novo vetor.

O programa visava a aquisição de 126 caças, sendo que apenas 18 seriam fabricados na França, e 108 na Índia. Entretanto um porta-voz do primeiro ministro indiano anunciou que foi feito um pedido do político para “36 jatos Rafale em condições de voo o mais rápido possível”.

Especula-se entretanto que essas aeronaves fariam parte originalmente de uma possibilidade aberta pela Dassault em 2012, quando foi escolhida vencedora do MRCA. A possibilidade era a de aquisição de um lote adicional aos 126 caças, contendo 63 unidades fabricadas inteiramente na França.

Não se sabe, portanto, se a Índia vai manter a compra de 126 aeronaves com a maior parte fabricada na Índia com transferência de tecnologia e adquirir o lote adicional a que tem direito, ou se vai adquirir “apenas” os 63 caças fabricados na França e com isso equipar 3 esquadrões, sem contudo fabricar uma aeronave sequer no país.

Uma nota publicada no jornal francês Le Monde da conta de que a compra das 126 aeronaves seria mantida mesmo com a compra dos 63 caças adicionais. Na verdade a compra adicional seria anunciada antes, e aceleraria a compra do lote maior com transferência de tecnologia.

A questão é se a Índia vai ter como bancar tal empreitada, uma vez que o MRCA sofreu atraso em fevereiro de 2014 justamente por conta do fôlego financeiro do país asiático. Apenas a compra do lote adicional de 63 aeronaves está avaliada em cerca de US$7.7 Bilhões, valor esse que se somaria aos cerca de US$29 Bilhões do MRCA, segundo estimativa de 2014.

É salutar lembrar que a Índia não é conhecida por economizar no que diz respeito a suas forças armadas.

O contrato dos 126 caças tem se arrastado por anos justamente por conta da transferência de tecnologia, uma vez que a Dassault já declarou publicamente que não teria como garantir a qualidade e o desempenho do Rafale produzido na Índia, pondo em dúvida a qualidade da indústria aeronáutica indiana.

Portal Defesa

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