UPDATE 2 – Torre para o VBCI-MR Guarani: será mesmo a UT-30BR?

Publicado em: 18/10/2013

Categoria: DESTAQUES

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Conforme um extrato do Diário Oficial da União publicado pelo Portal Defesa no dia 16 deste mês, foi confirmada a compra, por parte do Exército Brasileiro, de munições 30mm inertes para uso em canhão MK-30-2.

Porém, tem sido noticiado que a torre para a Viatura Blindada de Combate de Infantaria – Média sobre Rodas (VBCI-MR) Guarani seria a israelense UT-30BR. Esta utiliza peça principal diversa da acima mencionada, o que abre dúvidas sobre qual torre será realmente empregada na viatura. A peça MK 30-2 ABM (ABM é munição Airburst, ou seja, de desempenho similar à AHEAD, que se desintegra nas proximidades do alvo, gerando uma grande quantidade de fragmentos em alta velocidade e com grande poder destrutivo) é empregada na TORC 30, em desenvolvimento pelo CTEx e a Ares Aerospacial. Devemos ressaltar que a TORC 30 é mais leve e tem silhueta mais baixa do que a UT-30BR, além de ser um desenvolvimento genuinamente nacional. Espera-se ver um modelo já pronto e efetivo na LAAD 2015.


Guarani 6 x 6 com blindagem modular aplicada. Foto Leonardo Jones Muller.


A dúvida

Segundo a AEL, empresa do grupo Elbit israelense que teve cerca de 1/4 de seu capital social adquirido pela EMBRAER, dentro do acordo para a formação da Harpia Sistemas S.A., o Exército Brasileiro teria firmado contrato para o fornecimento de 216 torres UT-30BR as quais, ao atingirem 30% do desenvolvimento da versão para o Exército já estariam 50% nacionalizadas; concluído o contrato, esta nacionalização teria chegado aos 100%.

E a TORC 30 neste contexto? Irá o Exército usar duas torres diferentes com prçs de 30 mm em seus Guaranis?

Tão logo o Portal Defesa obtenha novas e mais precisas informações, este artigo receberá o tradicional update.

Aguardemos, portanto.


UPDATE 1 – 23/10/2013 – E as dúvidas crescem: segundo este edital recém publicado no Portal Defesa (AQUI) agora foi encomendado um lote de munição Airburst (ABM). A peça principal da torre UT-30BR, o canhão Bushmaster M44, não pode disparar esta munição, pois não possui os sistemas que programam o momento exato da detonação contra o alvo.


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UPDATE 2 – 26/10/2013 – O véu de mistério sobre as duas torres diferentes aparentemente começa a cair. Devemos notar dois pontos fulcrais na questão: a decisão de criar a versão 8 x 8 do Guarani e o fato de a torre ARES TORC 30, ao contrário da AEL UT-30BR (que é afixada à parte superior, sem penetração), penetrar o casco do carro, ocupando espaço em seu interior. Acrescentemos a isso o esforço do Exército Brasileiro para transformar sua Infantaria Motorizada em Mecanizada e passamos a ter uma resposta bastante plausível: ambas as torres irão coexistir, ficando a UT-30BR da AEL nos 6 X 6 e a TORC 30 da ARES nos 8 x 8 que, por serem mais longos, poderão atuar como verdadeiros VBCIs, combatendo ao mesmo tempo em que conduzem Infantaria a desmontar no ponto apropriado. Notar a diferença conceitual entre um VBTP (que é um blindado capaz de conduzir a tropa até um ponto relativamente próximo da área onde estão ocorrendo os combates e, no máximo, prestar algum apoio de fogo, preferencialmente de uma posição protegida, em que se destaca a capacidade da UT-30BR ser basculante) e um VBCI (que pode participar diretamente da batalha). E a Elbit, controladora da AEL? Perde algo com isso? De modo algum, já que é também controladora da ARES. A tecnologia e produção de componentes permanecem aqui (a Iveco já se havia comprometido a produzir o Guarani com cerca de 60% de componentes nacionais; já chega a 70%, no momento em que este update está sendo escrito). Notar ainda outra coincidência: tanto o Programa da versão 8 x 8 do Guarani quanto o da torre TORC 30 têm previsão para implantação definitiva (após estudo de viabilidade, elaboração e aprovação do plano do projeto) para o ano de 2015. Apenas uma enorme série de coincidências?


Portal Defesa

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