De Brasília
Faleceu nesta segunda feira, 23 de dezembro de 2013, o projetista da lenda tecnológica do século vinte: o fuzil automático de assalto AK-47.
O passamento do designer de armas Mikhail Timofeyevich Kalashnikov, deu-se na cidade de Udmurtia, em um hospital publico, onde estava internado para tratamento de uma hemorragia estomacal. A data da sua internação era de 17 de novembro, após entradas consecutivas. Desde o mês de março, Kalashnikov era encaminhado ao hospital por diversas vezes, devido aos seus problemas de saúde. Ele estava internado no Centro Clínico e Diagnóstico da República da Udmurtia, onde se submeteu a tratamentos intensivos para debelar uma hemorragia estomacal.
Recrutado para servir à pátria no Exército Vermelho como motorista e mecânico, no ano de 1938, Kalashnikov, recebeu a patente de sargento (Comandante de Carro de Combate T-34) no 24º Regimento de Carros de Combate, parte constitutiva da 12ª Divisão de Cavalaria Blindada do Exército Vermelho. Ferido na Batalha de Briansk, e após sobreviver a uma emboscada de infantes alemães dotados de armas automáticas (submetralhadoras), que ceifou a vida dos demais ocupantes do caminhão que o transportava, foi tomado pelo desejo de conceber um invento, uma arma de mão, que ajudasse a expulsar o invasor nazista. No hospital, ouviu o relato de muitos soldados, que evocavam a superioridade em combate das armas automáticas frente aos fuzis com ação de ferrolho, e que a suposta vantagem em alcance destes últimos, pouca importância tinha nos combates havidos. Impressionado, Kalashnikov, desenhou uma metralhadora automática, mas o protótipo revelou-se mais complexo do que os outros modelos, então à mão, no entanto, o talento demonstrado pelo jovem sargento chamou atenção dos burocratas.
Na sequência, Kalashnikov inicia o projeto de uma arma operada a gás, em função do requerimento para cartuchos 7,62 x 39 mm de um fuzil automático a ser avaliado em uma concorrência no ano de 1946. A arma se materializaria como Avtomat Kalashnikova 1947, produzida em uma escala gigantesca (100 milhões de exemplares), que mudou a configuração política do mundo, proporcionando as forças de libertação o poder de fogo necessário para enfrentar os poderes coloniais, na África e Ásia.
O AK-47 foi licenciado para várias nações satélites da antiga URSS, e ganhou versões várias. O seu sucesso adveio da extrema simplicidade do projeto e da sua lendária robustez, qualidades provindas do esforço de Kalashnikov em entrevistar continuamente os combatentes soviéticos, pedindo a estes as opiniões sobre a arma, bem como o desejo deste pelas qualidades constantes naquele que deveria ser o fuzil ideal. Dentre os resultados apurados, a confiabilidade era aquela que aparecia com maior constância, e isto gravou-se em sua mente. Kalashnikov concebeu inúmeros desenhos e protótipos, para obter a arma que nao viesse a falhar, mesmo sob as mais duras condições.
Mikhail Kalashnikov foi condecorado com o Prêmio Stalin de Primeira Classe, Ordem de Lênin, Ordem da Grande Guerra Patriótica de Primeira Classe, Ordem da Estrela Vermelha, Herói do Trabalho Socialista e com a Ordem de Santo André. Foi promovido a patente de Coronel em 1971, e posteriormente a de Major-General. Reformou-se com a patente de Tenente-General. Não obteve riqueza pessoal com sua invenção, mas lançou uma marca de Vodka com o seu nome (Vodka Kalashinikov).
“Para que um soldado ame a sua arma, ele deve compreendê-la e saber que ela não o trairá”. Mikhail Timofeyevich Kalashnikov.
Portal Defesa
O Gen. Kalashnikov ,foi uma pessoa muito simple e bem educado tive a oportunidade de conhece lo na data do aniversário, onde fui convidado para um chá. Creio que sou o único brasileiro a conhecelo e desfrutar uma conversa com ele.Sobre mito temas inclusive football.(Grênio Football PortoAlegrense).