De Brasília
A Rússia comemorou na data última de 17 de dezembro de 2013, o aniversário de 54 anos da criação da Força Estratégica de Mísseis, ou Força de Mísseis Estratégicos, força esta que possui o status de força singular na Rússia, tal como era nos tempos soviéticos.
Herança soviética, a Força Estratégica de Mísseis possui uma missão simples: Assegurar a capacidade nuclear russa com o uso rápido de mísseis seja em ataque ou resposta, visando o maior dano possível ao inimigo da Federação Russa. Portanto, é berço onde repousa a dissuasão do estado russo. Força singular, detém o controle de mísseis estratégicos Topol-M, Yars e o clássico R-36M2 Voevoda (SS-18 Satan, nomenclatura OTAN).
A Força Estratégica de Mísseis, dado a sua característica, de ser uma força decisiva e composta de armas de último uso, pode aparentar ser uma força estática, emparedada em silos. Nada mais falso, o vasto território da Rússia, tal como era o soviético, permite que se tenham lançadores com dispositivos móveis, sejam eles ferroviários ou automotores, dispersos e ocultos na vastidão territorial que compreende seis fusos horários.
Mantendo o foco na sua capacidade de dissuasão, os russos anunciaram o desenvolvimento de um míssil estratégico superior ao antigo R-36, da ordem de 100 toneladas, bem como de outra arma de combustível sólido, com o intuito de substituir os modernos e impressionantes mísseis Topol-M e Yars; nestes novos mísseis, deverá ser incorporada recentes tecnologias, como a capacidade de reorientação em voo de estágios e da ogiva. Estes anúncios são elucidativos, por revelar a Força Estratégica de Mísseis como ainda detentora da sua antiga importância soviética, mantida nestes novos tempos de nascente ordem multipolar, tornando-se desta maneira, o coração do dispositivo de dissuasão nuclear da Federação Russa.
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