Do Rio de Janeiro
A França está neste momento debatendo a lei orçamentária de 2014 a 2019, e algo que ficou claro até o momento é que suas expectativas já modestas estabelecidas nos anos anteriores, agora precisam baixar mais um pouco.
E o que o governo esta considerando como um trunfo para cumprir o planejamento econômico e não acabar no vermelho nos próximos anos é o seu mercado de defesa, especialmente um de seus principais produtos, o Rafale.
O problema é que os prazos são apertados. Para que o Rafale cumpra mais essa missão, ele precisa ter um contrato de exportação até o meio de 2014, ou seja, menos de um ano.
Para entendermos o porquê deste prazo, devemos saber que a linha de produção da Dassault já está estabilizada em 11 unidades por ano, com cada aeronave demorando cerca de dois anos para ser construída. E que os pagamentos de cada unidade são divididos, por padrão, em três vezes durante esses dois anos, sendo que os últimos dois pagamentos são os maiores.
Com base nisso, e com a expectativa do governo francês de já correr sérios riscos de entrar no vermelho em 2016, fica fácil entender porque o ano que vem é uma data limite para essa encomenda externa de Rafales.
E não é qualquer encomenda, a estimativa é de que das 11 aeronaves produzidas em 2016, 7 deverão ser para exportação, com seus últimos pagamentos mais volumosos sendo feitos, e com as aeronaves já adaptadas as necessidades do cliente.
Portal Defesa