O nome é JCET, Joint Combined Exchange Training. Um treinamento conjunto que representa uma excelente oportunidade para troca de experiências entre unidades de operações especiais do Brasil e dos Estados Unidos.
Tomando lugar no Rio de Janeiro de 2 de Março a 11 de Abril, o exercício que envolve cerca de 100 pessoas, entre militares e policiais, visa além de outros objetivos modernizar onde for possível as técnicas utilizadas pelo GRUMEC (Grupamento de Mergulhadores de Combate), pelo Batalhão Toneleiro (Operações Especiais dos Fuzileiros Navais), pelo COT-PF (Comando de Operações Táticas da Polícia Federal) e pelos US Navy SEALS. Todo o aprendizado deste exercício poderá ser utilizado nos Jogos Olímpicos, que ocorrem na cidade em agosto deste ano.
Dividida em três fases (Preparação, adestramento e operações de contraterrorismo), nesta JCET são treinadas situações como abordagens a embarcações e combate em ambientes fechados, sempre com equipes de todas as unidades envolvidas no planejamento, execução e comando e controle.
Para que ocorram em cenários mais reais possíveis, os treinamentos estão sendo realizados em três ambientes distintos: Na sede dos GRUMEC em Niterói, na Cidade da Polícia Civil no Jacaré, e em embarcações nas águas da Baia de Guanabara. Sempre que necessário, o treinamento conta com o apoio de outras unidades militares, como por exemplo o Esquadrão HU-2 e seus UH-15 Super Puma, que inclusive esteve presente em uma demonstração para a imprensa de abordagem a embarcação no último dia 29, terça feira.
Nesta demonstração foi simulado um sequestro do Navio Socorro Submarino Felinto Perry (K-11), em frente ao Comando da Força de Submarinos da Marinha do Brasil, na Ilha de Mocanguê.
As equipes do JCET, com membros dos grupos já citados e misturados entre si, viriam para a retomada do controle da embarcação. Para isso, duas lanchas rápidas e um helicóptero seriam utilizados. A equipe da primeira lancha iria a bordo e garantiria a segurança da área externa do navio, enquanto as equipes da segunda lancha e do helicóptero embarcariam no Felinto Perry juntas, para varrer o interior do navio a partir de duas direções distintas. Uma equipe vindo de baixo, e outra de cima.
Após toda a operação ser detalhada pelo Capitão-de-Fragata Luis Guilherme Rabello, Comandante do GRUMEC, toda a imprensa foi levada para o cais da base, e a simulação teve início.
Em uma ação rápida e silenciosa, uma equipe ganha acesso ao navio por uma escada posicionada no costado do navio por meio de um longo gancho.
A primeira equipe vai tomando a área externa e se posicionando, garantindo a segurança do perímetro para as outras equipes.
Logo, a segunda lancha e um UH-15 se aproximam do Felinto Perry de forma coordenada, e as equipes restantes vão a bordo na mesma velocidade que a primeira, mas dessa vez já percorrendo todo o navio com agilidade.
Uma granada de efeito moral é lançada, e após um estrondo a fumaça toma conta do passadiço, escapando pela porta recém aberta pelos militares que já invade o local. Em questão de poucos minutos após a primeira lancha encostar no K-11, o navio está sob controle da equipe mista de operações especiais. Alguns dos sequestradores são algemados, e a operação é concluída com sucesso, sem vítimas em nenhum dos lados.
A demonstração ofereceu aos presentes uma noção do trabalho e do empenho das forças armadas e forças de segurança pública no preparo não só para as olimpíadas, mas para qualquer outro grande evento no país.
Fica a certeza de que, se for necessário, existem pessoas altamente treinadas em prontidão para defender nossa soberania e garantir a nossa segurança.
Portal Defesa
PARABÉNS pela iniciativa de cobrir o evento! Grato!