Do Rio de Janeiro
Durante a reunião anual da Associação do Exército Americano em Washington, Estados Unidos, uma coletiva de imprensa chamou a atenção ao ser apresentada por dois membros do alto escalão do Exército Americano visivelmente frustrados, e que aproveitaram a oportunidade para apontar o momento de incerteza que a força vive ao afirmarem que “ninguém sabe o que acontecerá em Janeiro”, fazendo referência ao debate orçamentário do Governo Americano, que ocorrerá no primeiro mês de 2014.
Esta frustração demonstrada pelo General Ray Odierno, Army Chief of Staff, e por John McHugh, Secretário do US Army, se deve aos constantes cortes no orçamento da força ao longo de anos, e nas conseqüências que isso, junto com o “fechamento” do governo americano no início deste mês, tem causado.
John McHugh afirmou que “todos os segmentos do exército serão afetados”, e que “não estamos mais em 2002 ou 2003, os preços que pagamos subiram significantemente, e é óbvio que as necessidades de nossos soldados e suas famílias encareceram.”
Declarou também que “o maior problema que os lideres do exército enfrentam neste momento é não ter previsibilidade, é não saber se o exército terá a quantia certa no lugar certo ou se terá autoridade para executar contratos. Isso não é só problemático, isso é deficiente, frustrante,”.
O General Ray Odierno também reclamou da situação a qual o exército se encontra ao confessar que seus dois anos no alto comando foram “nada mais do que incerteza orçamentária. Sem dinheiro, sem planejamento, programas sendo descartados porque não temos a capacidade de prever qual orçamento teremos mais a frente.”
O militar se mostrou também muito irritado com a dispensa temporária que foi forçado a dar no início deste mês a civis que trabalham no Exército Americano devido a crise orçamentária do governo, “E a ameaça aos seus empregos continua pendurada sobre suas cabeças”, declarou Odierno.
Ao menos até Janeiro.
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