Do Rio de Janeiro
Ao menos até onde nossa capacidade de imaginação alcança, enquanto houver guerra entre embarcações um míssil antinavio sempre será útil. Um míssil capaz de engajar um alvo no limite dos sensores do navio então, mais bem vindo ainda! E tão necessária quanto a arma, é a capacidade de possuí-la na quantidade que se precisa, a hora que for.
Não limitando esta lógica a mísseis antinavio, mas qualquer arma independente de seu tamanho ou uso só pode ter essa disponibilidade se for produzida pelo próprio país. E este é, basicamente, o raciocínio norteador do projeto do primeiro míssil antinavio brasileiro, o MAN SUP (Míssil Antinavio – Superfície).
Muito mais que apenas o ganho de capacidade bélica, o projeto MAN SUP visa à independência da Marinha do Brasil em relação a outros países no que tange ao tipo de arma em questão.
É um sonho antigo da Marinha do Brasil possuir um míssil nacional. Desde os anos 70 a força vem analisando as possibilidades para tornar este sonho realidade, porém só encontrou mesmo o incentivo necessário para tal a partir de 2001, quando a MBDA, fabricante dos mísseis Exocet anunciou que deixaria de prestar apoio ao modelo MM38, utilizado na época pela MB.
O fato de a força ter ficado da noite para o dia sem o suporte de uma de suas armas mais importantes, fez com que o projeto de um míssil nacional ganhasse força. Em 2005, após 4 anos de pesquisas, a Marinha foi capaz de lançar um míssil MM40 a partir de um lançador de MM38, o que representou o primeiro passo para a compreensão do funcionamento de uma arma tão complexa. No final de 2007 teve início o recrutamento de especialistas para gerenciar o projeto de míssil nacional que teria início em 2008, como de fato ocorreu.
De lá para cá muita coisa aconteceu, e o míssil foi amadurecendo. Mudanças radicais no projeto foram sugeridas, principalmente pelas empresas participantes do desenvolvimento, porém nada tão diferente foi aceito, pois como o próprio Vice Almirante Ronaldo Fiuza, Gerente do Projeto e entrevistado pelo Portal Defesa diz, “é preciso ter foco, caso contrário não se faz nem uma coisa e nem outra com qualidade”.
E foco é algo que este projeto possui. Temos hoje no mercado mísseis com capacidades muito acima do projeto MAN SUP, e temos tecnologia nacional para nos aventurar a produzir um míssil capaz de rivalizar com estes, porém é sempre bom ter em mente que este não é o objetivo do MAN SUP, não desta primeira versão.
O MAN SUP é como um “míssil escola”, que após concluído vai nos deixar um legado capaz de nos impulsionar para o desenvolvimento de armas mais complexas e modernas. Além do fato de que, segundo o Vice Almirante Fiuza, a MB não possui atualmente sistemas capazes de detectar e engajar um alvo a uma distância compatível com o uso de um míssil com 180km e micro-turbina.
O projeto tem a previsão de ser concluído no segundo semestre de 2017, e está caminhando para tal com todas as fases sendo realizadas rigorosamente dentro do prazo, tudo gerenciado pela Marinha do Brasil com o apoio da Fundação Ezute.
Cronograma do projeto MAN SUP – Clique para ampliar
Além da Ezute, participam do desenvolvimento da arma as empresas Mectron, Omnisys, Avibras e a Ares, apesar de esta última ter se envolvido no projeto para o desenvolvimento de uma plataforma de lançamento terrestre do míssil, para fins de testes. E mesmo os disparos a partir de terra não terem sido realizados por falta de uma área no vasto litoral brasileiro capaz de suportar o teste de tal arma com segurança, a Ares está apta a produzir os lançadores do MAN SUP, seja desta versão, ou de uma versão futura.
Um dos pontos mais importantes do projeto MAN SUP, inclusive, diz respeito aos lançadores. O míssil apesar de ser moderno e ter comunicação digital, possui interface analógica entre o lançador e o navio, e com isso está sendo desenvolvido para utilizar os lançadores dos mísseis Exocet MM38 e MM40. Não havendo portanto a necessidade da instalação de novos tubos lançadores no navios da Marinha do Brasil que já operam o Exocet para que passem a operar o MAN SUP.
O desenvolvimento do míssil tem beneficiado as empresas participantes com saltos tecnológicos e qualitativos inegáveis, como a própria Mectron que para o projeto deve fazer o uso de uma moderna Câmara Anecóica que permita o posicionamento do míssil nos três eixos, além do intenso uso de simulações do tipo Hardware In The Loop.
O ganho intelectual, de experiência, também tem sido significativo, como recentemente quando os engenheiros da Mectron determinaram que o míssil deve passar por uma campanha de testes em túnel de vento, algo até então descartado no projeto por conta da similaridade com o Exocet. Porém a necessidade existe e foi comprovada para a MB, tendo a verba para a campanha já liberada inclusive com um túnel de vento na China já selecionado para tal. Os testes no túnel devem ocorrer já no primeiro semestre de 2015.
O míssil
Míssil Antinavio Superfície, esse é o nome da arma. O termo “superfície” significa que esta versão é lançada a partir de navios. O projeto também visa o desenvolvimento de duas variantes da arma, o MAN AER, lançado de aeronaves, e o MAN SUB, lançado de submarinos.
Por ser massivamente baseado no Exocet, principalmente por conta da parceria com a MBDA e a comunalidade obrigatória do projeto quanto ao uso dos lançadores do míssil francês já instalados em diversos navios da MB, o MAN SUP acaba por herdar muitas de suas características do citado míssil europeu, como similaridade de alcance, modo de busca, modo de voo e principalmente na parte externa, tendo virtualmente como diferenças óbvias entre o MAN SUP e o Exocet MM40 Block 1, somente a bandeira do Brasil e a logomarca da Avibras pintados na lateral. Possui o mesmo diâmetro de cerca de 330mm, e o mesmo comprimento de 4.7 metros.
Sua propulsão será por combustível sólido, tal qual o Exocet, porém utilizará um componente propulsivo desenvolvido pela Avibras e que possui ligeiramente mais força que o MM40 Block 1. Isso lhe garante um alcance próximo da versão Block 2, cerca de 70km ou 5 minutos de queima. Este alcance, porém pode ser estendido para 75km caso seja considerado o voo com o motor já apagado, que pode alcançar cerca de 5km com o míssil compensando a queda de velocidade para se manter no ar e na trajetória. O voo “planado”, por assim dizer, é um pouco menor no MAN SUP do que no Exocet por conta do maior peso do conjunto propulsor, com um isolamento térmico mais grosso, e que gera a tendência de queda da seção traseira do míssil.
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A propulsão desenvolvida pela Avibras com a transferência de tecnologia da MBDA foi o primeiro item a ser desenvolvido para a arma, e representa um dos fatores de economia do míssil nacional se comparado ao Exocet, uma vez que o valor do combustível do MM40 Block 1 gira em torno de 1 milhão de euros, cerca de 3.1 milhões de reais a carga de um só míssil, enquanto o combustível brasileiro giram em torno de 1 milhão de reais. Porém tendo em vista a futura operação da arma pela MB, o combustível também é a parte mais crítica e preocupante.
Isso por que o combustível da Avibras utiliza um componente chamado PbH/OH, que era feito no Brasil até 2007 quando a empresa que o produzia foi vendida para a Alemanha, e o componente deixou de ser fabricado em solo brasileiro. Sua importação para a produção dos mísseis não é interessante, pois criaria justamente a dependência que o projeto visa anular.
A brilhante jogada da Avibras, e que tem permitido o desenvolvimento do MAN SUP, é que ela adquiriu toda a última produção do componente logo depois da empresa brasileira ser vendida, e é com esse estoque que os testes têm sido realizados. Estima-se que os estoques durem apenas para o término do desenvolvimento da arma e suas versões. A volta da produção deste componente no Brasil pode ocorrer em um curto período, porem até se tornar realidade, o desenvolvimento se apoia neste estoque.
Foi o novo combustível também que gerou um dos desafios mais interessantes no desenvolvimento da arma até então. Como o propelente da Avibras é mais forte, a temperatura no conjunto propulsor e a sua volta é consideravelmente maior. E a fim de manter sua assinatura térmica e a proteção de sistemas próximas do propulsor, algumas medidas tiveram que ser adotadas como por exemplo um isolante térmico mais grosso em volta de toda a seção.
Porém o isolante possuía um fator de dilatação diferente dos materiais a sua volta, criando problemas nos ensaios que tinham que ser resolvidos. Esse isolante térmico é produzido com seus componentes misturados em uma espécie de batedeira industrial, e teve-se a ideia portanto de mudar a velocidade das tais batedeiras para criar bolhas durante sua produção, para que as bolhas de ar aumentassem o isolamento térmico do material e sua dilatação fosse controlada. O que parecia ser uma solução, na verdade era um caminho que levaria o desenvolvimento da arma a perdas significativas, porém a equipe foi “salva pelo gongo” graças a sugestão de técnicos da MBDA durante uma reunião.
As tais bolhas isolantes já haviam sido feitas pela MBDA no desenvolvimento do Exocet, e foi constatado que por estarem em suspensão no isolante térmico elas teriam uma determinada frequência de vibração durante a queima. O problema é que essa frequência seria exatamente a frequência do míssil como um todo, o que geraria ressonância e a destruição do míssil em pleno voo. Os franceses revelaram ter perdido cerca de uma dezena de mísseis no desenvolvimento do Exocet por conta deste problema, e graças aos técnicos da MBDA, a solução nos foi passada, e foi de cair o queixo.
Simplesmente mudar constantemente a velocidade da batedeira industrial durante o preparo do isolante, a fim de criar bolhas de diferentes tamanhos, e consequentemente com diferentes frequências vibratórias.
Outro desafio enfrentado no desenvolvimento da arma se deu na parte de geração de energia. Os sistemas do Exocet recebem energia a partir de uma bateria térmica, tecnologia delicada, de difícil desenvolvimento e manuseio, mas que gera um grande volume de energia. É muito comum sistemas de mísseis utilizarem baterias térmicas, porém no caso do MAN SUP, a MECTRON, a Omnisys e a MB decidiram seguir um caminho diferente.
Um esforço notável foi feito para reduzir ao máximo o consumo de energia dos sistemas eletrônicos do MAN SUP, e assim foi feito de forma impecável segundo opinião do próprio Vice-Almirante Fiuza. Com o consumo reduzido, outras fontes de energia puderam ser estudadas, e a fonte escolhida foi surpreendente: Pilhas! O MAN SUP recebe energia de pilhas comuns do tipo D, muito utilizadas em lanternas.
O Seeker do míssil, que teve seu desenvolvimento funcional concluído no início deste ano pela Omnisys, possui todas as capacidades estipuladas pela MB para o MAN SUP, mesmo com o consumo de energia reduzido significativamente. Ele é utilizado na fase final do voo para obter o alvo e guiar o míssil até ele.
Outros sistemas estão em fases diferentes de desenvolvimento, estando o míssil como um todo em estágio avançado. Como por exemplo o giroscópio de fibra óptica, em desenvolvimento pela MECTRON, e que funciona de uma forma diferente em um míssil antinavio com voo Sea Skimming como é o caso do MAN SUP.
O giroscópio, sistema responsável por manter estável a direção do voo do míssil, geralmente atua nos 3 eixos, longitudinal, lateral e vertical. Porém um míssil Sea Skimming mede por cerca de 5 a 10 segundos após o lançamento a altura das ondas sobre as quais está voando, tira uma média dessas alturas e determina um envelope de altura em que deve voar com segurança e não acabe mergulhando no oceano. Um Giroscópio tradicional atrapalharia este tipo de voo, portanto o modelo utilizado no MAN SUP não pode estabilizar o voo considerando o eixo lateral, responsável pela variação de altitude. Este trabalho é feito pelo radio altímetro no esquema citado acima.
Por ser um míssil baseado em uma versão hoje considerada básica do Exocet (MM40 Block 1), o MAN SUP não terá capacidade de realizar manobras mais sofisticadas e modernas antes do impacto, como movimentos de espiral por exemplo.
Porém a arma terá uma ogiva potente, com cerca de 150kg. Terá capacidade incendiária, já que incêndio a bordo é a consequência mais destrutiva de um impacto de míssil antinavio. Existe também a intenção de que a ogiva tenha características termobáricas, a fim de aumentar sua potência.
Vice Almirante Ronaldo Fiuza de Castro, Gerente do Projeto MAN SUP, em seu escritório na Diretoria de Sistemas de Armas da Marinha
Seu Radome, ou também chamado de Coifa, será fabricado na Noruega. E apesar de não ser um item produzido no Brasil com tecnologia brasileira, é um item com risco muito baixo de embargo ou outra medida que possa ser tomada por qualquer outro país. Isso por que o fabricante do Radome vende esta peça quase como uma venda comum entre duas pessoas, sem restrições ou contratos com cláusulas de “end user” ou algo semelhante. Outro fator é que, caso este fabricante deixe de produzir a peça para o MAN SUP, a indústria nacional pode fazê-lo em pouco tempo.
A versão lançada por aeronaves, o MAN AER que também se encontra em desenvolvimento e deve ficar pronta em 2020, tem previsão para ser utilizada no EC725 (UH-15) e na nova aeronave de caça que deverá ser adquirida pela MB, seja o Sea Gripen ou outro modelo. Segundo o Vice Almirante Fiuza, não há a possibilidade de uso no AF-1 por vários motivos como tamanho da arma e principalmente por não ser a aeronave ideal para isso, tendo sido adquirida principalmente para a criação de doutrina na operação de aeronaves de asa fixa na força.
O desenvolvimento do MAN AER se beneficia pela existência de mísseis AM39 no arsenal da Marinha, que eram utilizados nos hoje aposentados SH-3 SeaKing e portanto ficaram sem uso. Em um contrato publicado no Diário Oficial no último dia 28 de Outubro no valor de 131.739.000,00 EUROS, foi fechada a compra de 3 mísseis AM39 Block 2 Mod 2 sem os motores, além da contratação do serviço de modernização de 4 mísseis AM39 já existentes na MB também para o padrão Block 2 Mod 2.
Este contrato permitirá o desenvolvimento do MAN AER e a homologação do EC725 na operação dos mísseis de forma segura, já que os riscos de desenvolver dois projetos ao mesmo tempo são altos. Será feito da seguinte forma: Os 4 mísseis AM39 modernizados para Block 2 Mod 2 serão utilizados para a homologação do EC725 já que se trata de uma arma já testada. Após essa fase, os 3 mísseis AM39 Block 2 Mod 2 comprados sem motor, terão o motor da AVIBRAS instalados, e serão utilizados a partir da plataforma EC725 para os testes necessários para o desenvolvimento do MAN AER. Após esses testes, a fase mais perigosa que é o primeiro acionamento dos novos motores a partir de uma aeronave em voo vai ter sido superada, e um MAN AER completo pode ser testado já com todos os sistemas desenvolvidos no país. Uma das diferenças básicas entre o MAN SUP e o MAN AER, e um dos desafios também, é a interface do míssil com a plataforma que no caso da versão aérea é toda digital, e não analógica como na versão superfície.
Já a versão submarina, o MAN SUB, se encontra em estágio não tão avançado, porém dentro do esperado do projeto. Tem a previsão para ficar pronto em 2025, e utiliza uma tecnologia mais sensível na fase de lançamento. O míssil é lançado a partir do tubo de torpedos de um submarino, encapsulado em uma carenagem que se assemelha a um torpedo. A capsula então é impulsionada para a superfície através de um motor foguete subaquático, e é esse componente que significa um desafio para a equipe que desenvolve o MAN SUB.
Modelo do SM39 Exocet em seu casulo tipo torpedo. O MAN SUB será muito similar. – Clique para ampliar
Ao ser consultada, a MBDA não aceitou transferir a tecnologia do foguete subaquático. Porém a empresa que fabrica este componente para a MBDA, a ROXEL, ao ser contatada pela MB aceitou apoiar o desenvolvimento do MAN SUB, e deverá prestar um suporte imensurável ao desenvolvimento da arma, que encontra-se em fase inicial de concepção. É a versão mais complexa e portanto a mais cara. Para se ter ideia da complexidade, o SM39 Exocet lançado por submarino custa cerca de 4 vezes o valor da versão de superfície, MM40.
Voltando ao projeto do MAN SUP como um todo, existe ao menos a intenção do desenvolvimento de futuras versões mais modernas no MAN SUP, com a possibilidade de uso de Micro-turbina, manobras mais arrojadas e talvez até mesmo GPS para a guiagem apesar de o ideal ser o uso dessa tecnologia apenas quando o Brasil possuir sua própria constelação de satélites.
Porém não existe hoje nenhum projeto ou desenvolvimento destas futuras versões, justamente para manter o foco no desenvolvimento deste primeiro míssil. Um míssil que apesar de básico e massivamente espelhado em uma versão mais antiga do MM40 Exocet, possui uma importância inegável para a Marinha do Brasil e para a indústria de defesa nacional, capacitando as empresas participantes, Omnisys, Mectron, Avibras e Ares a trabalharem com doutrinas modernas, técnicas avançadas e principalmente o Know-How de vanguarda, possibilitando o desenvolvimento de equipamentos e sistemas de última geração.
O MAN SUP mesmo ainda em desenvolvimento já desperta a atenção de países operadores do Exocet, por conta do prometido baixo custo e integração com os lançadores das versões MM40 e MM38. A Argentina, o Chile e a África do Sul já demonstraram interesse, algo muito positivo já que qualquer venda do míssil gera 5% de royalties para o Governo Brasileiro além de ser a prova de que o míssil está no caminho certo.
Agradecimentos
Raras são as oportunidades onde, uma vez interessado por um determinado assunto, se tem a chance de conversar com a pessoa que mais entende sobre. Seja o assunto que for, ter essa chance é de importância imensurável.
O Portal Defesa teve essa oportunidade, e em setembro durante a 3ª BID-Brasil ao incluirmos em nossa pauta uma matéria sobre o projeto do míssil antinavio brasileiro, acabamos no escritório de ninguém menos que o Vice-Almirante Ronaldo Fiuza de Castro, gerente do projeto, em uma entrevista descontraída, que culminou em material para este artigo muito além de nossas expectativas.
Agradecemos primeiramente, portanto, ao Vice-Almirante Fiuza, estendidos ao CMG Menezes e a Ten. Sheyla, por tornar este artigo possível, no nível de qualidade alcançado. Muito Obrigado.
Portal Defesa
Matéria excelente, o portal está de parabéns!
Bom dia é a primeira vez que entro neste site de assuntos militares, fiquei impressionado com a matéria e quero parabenizar pela belíssima reportagem um trabalho muito acima do que se encontra na maioria das reportagens desse tipo de assunto.
[…] O Man-Sup é um projeto que começou efetivamente em 2008. A idéia era ter independência tecnológica, depois que a fabricante dos Exocet disse que não daria mais manutenção nos mísseis que a gente tinha, e ficamos chupando dedo (detalhes completos aqui). […]
Teste
ALCANCE DE 70 KM….SÓ ISSO??? O CHILE TEM MÍSSIL QUE ATINGE 120 KM( EXOCET);VOCÊS ACHAM QUE UM NAVIO CHILENO SE APROXIMARIA A MENOS DE 70 KM PARA LANÇAR SEUS MÍSSEIS CONTRA NAVIOS BRASILEIROS???
realmente isso é um absurdo ! kkkkk….. Porém, cabe lembrar que, o que adiante fazer armas através de empresas brasileiras e depois a empresa é vendida ! Realmente eu não consigo entender nada, até porque quem faz e fabrica, nós brasileiros não sabemos de nada daquilo que é fabricado com nosso dinheiro, e, quem faz e quem se dá bem !
Mas o Brasil também tem o AV-TM 300 Matador que chega a 300km
Claro que há uma notável diferença de alcance entre o míssil brasileiro e chileno porém o que precisa levar em consideração é que o Brasil está aprendendo a desenvolver o míssil diferente do Chile que não tem a tecnologia necessária para a produção e isso coloca o Brasil na vanguarda do conhecimento pois numa eventual guerra entre esses países o Brasil tem esse diferencial pois o chile terá que comprar o armamento de países estrangeiros o que pode levar muito tempo para essa aquisição além do risco de o país detentor dessa tecnologia não vender sob pressão externa.
….uma ótima reportagem sobre este míssil da MB….desejo êxito às equipes de P/D e sucesso total em seus testes para aprovação…finalmente um míssil anti-navio totalmente fabricado no Brasil …. mais independencia pras nossas FFAAs!…….
Nossa ,parabéns pelo ótimo blog , de início pensei ser algo amador , mas você é um profissional!
Quero parabenizar o Site pela excelente matéria.
Grato
Tomara que a SAAB/EMBRAER façam um esforço de apresentar uma solução do Gripen NV que consiga operar no São Paulo, de peso ele já cabe, provavelmente 17 ton max, a catapulta do NA é de 20 ton. Isso auxiliaria muito em termo de integração e manutenção das força, potencializando e muito a nossa defesa, gerando uma redução nos custos.
tudo isso é maravilhoso ! Mas, o que adianta ter técnicos maravilhosos que tem inteligência capazes de promover tecnologia, armas, dentre outras coisas e depois vendem, ganha dinheiro através de nossos impostos e quem vende se da bém, ficam milhonários, e a venda de tudo isso não entra em nosso caixa ! Quem ganha com tudo isso são os estrangeiros ! Assim, o Brasil sempre mergulhado em dívidas !
Só assim para entender como é complexo fazer um produto assim.
Saber 200 para os vetores da MB. Assim poderemos ter o alcance de 180 KM no MAN SUB. Mais uma vez repito, matéria fantástica, melhor de todos os portais militares.
Muito boa matéria, parabéns ao PD!
No mundo militar , armas de alta tecnologia, portanto requer investimentos de alto vulto, ninguém , absolutamente ninguém dá nada de graça. Se for para alcançarmos a famosa independência tecnológica acho que o preço vale.
Excelente artigo.
E eu espero que a qualidade do trabalho que vem sendo apresentado até o momento mostre como é possível fazer jornalismo no setor de defesa com o mínimo de respeito ao leitor.
Como afirmou o comentarista Gilberto Rezende, a frequência pode não ter a intensidade usual de outras fontes, mas a qualidade compensa com sobras. Isso é responsabilidade.
Agora é esperar que a sugestão contida no título produza os resultados necessários ao país.
Abs
Parabéns pelo melhor artigo até hoje sobre o MAN.
Sobre o A-4M/AF-1 SkyHawk não usar o MAN-AER, saberia dizer se é incompatibilidade física do míssil (4,7 m de comprimento) com o A-4M/AF-1 ou seria mais questão do custos e complexidades de integração ?
Mais um profunda e inédita matéria do Portal Defesa que tem se caracterizado por GERAR suas próprias matérias ao invés de só ecoar matérias de outras fontes.
Apesar de uma atualização bem menos intensa, quando publicam algo é quase sempre material relevante e com informações novas. Como o Astros CFN e do Bradar M200 !
Neste artigo algumas informações muito relevantes:
O MAN SUP é um míssil "fusca" onde a digitalização serve para tornar o míssil que se baseia (Exocet MM40 Block I) de menor consumo de energia ao ponto de usar pilhas D !
O primeiro míssil com cabeça de guiagem alimentada por pilha Ray-o-Vac do mundo (Se colocar Duracell aumenta o alcance ?) 🙂
Brincadeira a parte, não podia perder ESSA piada !!!
O desempenho do Míssil é propositalmente limitado para ter seu emprego na fronteira do alcance máximo dos sensores orgânicos do navio lançador e tem o seu conteúdo interno totalmente digital mas preparado para comunicação somente analógica para permitir sua utilização em qualquer lançador Exocet para MM 38/40 existente.
Apesar de que é de maneira usual nas nossas discussões militares que muitos se refiram de maneira extremamente negativa aos franceses nos processos de transferência de tecnologia, o testemunho nesta entrevista dado sobre o problema do isolamento térmico do MAN SUP mostra uma realidade BEM DIFERENTE da visão pré-conceituosa em geral aceita.
Ou os franceses não são tão maus assim ou TALVEZ, como eu suspeito, a FORMA como a MB passou a desenvolver seu relacionamento com a MBDA e seus técnicos a partir do incidente do MM38 transformou uma relação inicialmente conflituosa numa relação se não é de plena parceria (a MBDA não abriu o lançador do SM39) mas de respeito e admiração que permitiu um relacionamento profícuo de pelo menos a ponto dos franceses oferecerem (gratuitamente ?) uma solução desta que apesar de relativamente simples, efetivamente DEVE lhes ter custado um elevado gasto de recursos de desenvolvimento em uma dezena de testes de protótipos do Exocet.
E isto não é pouca coisa em termos de custo !!!
Igualmente a informação que vários países tem interesse neste desenvolvimento do nosso MAN SUP MM70 e que embora não haja programa em curso no momento temos a confirmação que há sim a intenção da MB de desenvolver e ter versões MAN SUP AM70 e MAN SUP SM70 !
O que eu achei ainda mais interessante e decisivo para versão aérea foi a informação do porque e que o AF-1 não será o alvo do desenvolvimento da MB para o MAN SUP AM70 e sim o futuro Mar Gripen BR !!!
Como é importante que a SAAB CONFIRME OFICIALMENTE até março/2015 que a operação militar plena do Gripen NG navalizado é viável tecnicamente no NAe "São Paulo" !
Para com esta definição se posse RE-modelar o PMM do Mod NAe para operação futura do Mar Gripen BR, encaminhar a decisão que mais torço que é a MB optar por operar apenas aeronaves biplaces para que o desenvolvimento do Gripen F possa incluir em paralelo o desenvolvimento da versão naval de maneira econômica e em sinergia num projeto de aeronave biplace OPERACIONAL para a FAB e a MB dentro do conceito mais moderno de divisão de trabalho com piloto/WSO e paralelamente na MB para encaminhar o desenvolvimento da variante MAN SUP AM70 para este futuro vetor !!!
Parabéns pelas informações !!!
Brilhante! simplesmente brilhante!
Parabéns pela excelente matéria, amigo Leonardo. Muito boa mesmo!!! 😉
isso sim uma reportagem sobre um projeto nacional de grande valor para a marinha, meus parabéns pela matéria e que continuem trazendo outras materias como essa.
Simplesmente sensacional a reportagem!!! Extremamente esclarecedora, riquíssima em detalhes. Parabéns, de novo, à equipe do PD!!!
Gostaria que a prestação de contas estivesse ao acesso de brasileiros, para saber, o ganho de tudo isso ! Ultimamente só escuto dizer que o Brasil tem um rombo de 170 bilhões em dividas ! Até porque, nossa saúde vai bem mau em seus atendimentos, e médicos mau remunerados ! Como é que fazem tudo isso ou então farão, mas cade o dinheiro que lucra ou lucraram com tudo isso ! Abraços !