Do Rio de Janeiro

Parece que foi ontem em que durante um evento no Rio de Janeiro, a EMBRAER anunciava formalmente o projeto KC-390, no mesmo momento em que uma bomba nacional guiada por GPS e INS era apresentada pela primeira vez ao público pela então Britanite e VANT nacional era algo novo, embrionário e sem previsão para se tornar realidade.

O ano era 2009, a apenas 5 anos atrás, e hoje já estamos as vésperas do Roll-out do primeiro protótipo do KC-390, a bomba guiada já tem nome, Acauã, e vai muito bem obrigado. A EMBRAER em conjunto com a Avibras e a AEL fundaram a Harpia Sistemas, empresa voltada para projetos de VANTs nacionais, e que já possui um produto em fase avançada de desenvolvimento, o Falcão.

Soma-se a isso o ASTROS 2020, o AV-TM-300, o T-Xc, o Link BR2, os motores L15 e TR-5000, o Guarani, IA2, MAN-1… Todos projetos nascidos das necessidades das nossas Forças Armadas, que em conjunto com a indústria nacional estão sendo transformados em realidade, gerando mais investimentos para a BID e maiores capacidades para nossa defesa.

Uma relação muito bem compreendida entre ambas as partes, e que evidencia nesta 3ª edição do evento a vontade de aumentar mais ainda essa sinergia, aumentando a compreensão de que as Forças Armadas precisam da nossa Base Industrial de Defesa, e ela precisa das Forças Armadas.

Como bem disse o Chefe do Escritório de Projetos do Exército Brasileiro, General de Divisão Luis Felipe Linhares durante uma das palestras durante o evento, “temos que ver a relação entre a BID e as Forças Armadas como um namoro, um namoro que está começando agora, mas que já estamos cheios de intenções de que resulte em um casamento profícuo. Agora é a hora de sabermos quais são os dotes da nossa namorada, chamada BID”.

Gen. Div. Linhares durante palestra Projetos Estratégicos das Forças Armadas

E é exatamente isso que a BID quer com as Forças Armadas, um casamento vantajoso e duradouro. Um objetivo que é facilitado de sobremaneira nos dias de hoje, com o consenso no Ministério da Defesa de que o orçamento dado pelo Governo Federal às Forças Armadas e destinado a pesquisa e compra de produtos, nada mais é do que um investimento indireto do Governo na BID, com a Defesa como intermediária apenas.

E graças ao nível de sofisticação que vem sendo alcançado a cada dia por mais e mais empresas do setor, o investimento gera sempre um retorno esperado ou muitas vezes acima do esperado. Retorno esse visto como resposta da BID e das Forças Armadas a população, mostrando que o dinheiro público está sendo bem utilizado na defesa de seu país. Até mesmo pelo fato de que grande parte das tecnologias militares se converte em uso civil, beneficiando a vida de todos.

Essa foi a ótica dominante durante a 3ª BID-BRASIL, que teve início dia 2, e é realizada até hoje, dia 6. Em seus quatro primeiros dias, foram realizadas nada menos do que 20 palestras, tratando dos mais variados temas, tendo como platéia militares de todas as forças, das mais variadas patentes e unidades, além de Adidos de diversos países interessados não só em conhecer melhor o patamar brasileiro neste meio, mas também em investir em produtos e empresas brasileiras.

Nós estivemos presentes neste importante evento e vamos apresentar, com muito orgulho, durante a próxima semana uma série de matérias a cerca de projetos e produtos brasileiros apresentados na 3ª BID-BRASIL.

Confira abaixo algumas fotos do evento:

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