Mais um KC-767-300

A Força Aérea Brasileira deverá encomendar, para breve, a adição de uma terceira unidade de aeronave cisterna, isto de acordo com fontes do fabricante ouvidas pela publicação Flightglobal. O link para a matéria de Arie Egozi (Tel Aviv), correspondente da Flightglobal, pode ser visto aqui.

A aeronave KC-767-300 é uma conversão feita pela IAI – Israel Aerospace Industries de uma aeronave civil, que deverá se materializar mediante a escolha pelo fabricante de aeronaves civis disponíveis no mercado (Boeing 767-300 ER), para reconstrução e adaptação em suas instalações. A intenção da empresa é adquirir para conversão aeronaves com o menor numero de ciclos, bem como com o melhor estado geral possível.

Ilustração do provável padrão do futuro KC-767-300 da FAB. Imagem: Aviaciónargentina.net


A IAI selecionou a TAP Engenharia e Manutenção para participar no programa como subcontratada. Para o início dos trabalhos uma das aeronaves deverá ser convertida em solo israelense, as demais nas dependências da TAP – Engenharia e Manutenção, com a presença de técnicos da IAI no CEMAN – Centro de Manutenção de Porto Alegre, que conta com uma área total de 140 mil m², sendo destes 55 mil m² de área construída, com 12.500 m² apenas para os hangares, capazes de abrigar simultaneamente uma aeronave widebody e cinco narrowbody.

Nota-se que o IAI KC-767-300 disputou com os modelos Airbus A-330 MRTT e Boeing KC-46 Pegasus, sendo ambos os modelos, novos. Portanto, apesar de ser um modelo mais em conta, por ser fruto de uma conversão, a escolha da proposta da IAI é reveladora do rompimento de um padrão de preferência por modelos novos, política então praticada nas compras realizadas pelo Ministério da Defesa da República Federativa do Brasil.

Representação gráfica do Centro de Manutenção – Porto Algre.

Imagem: TAP – Engenharia e Manutenção.


A aeronave oferecida poderá ter o seu uso como tanker, ou cargueira, com a função tanker provida pelo sistema probe and drogue ocupado nos três pontos, que são os pods nas pontas das asas e a cesta na posição central, ou ter esta ocupada por uma lança Flying Boom. A configuração do KC-767-300, por óbvio, deverá estar de acordo com o interesse manifestado pela FAB.

A escolha de uma terceira aeronave confirma a necessidade premente de reabastecedores estratégicos, intensificada pela escolha do Gripen NG como futuro vetor de primeira linha da FAB.


Portal Defesa

One Response to Mais um KC-767-300

  1. Gilberto Rezende-Rio Grande/RS disse:

    A conversão pela IAI realmente incorporará os winglets mesmo se as aeronaves escolhidas não os tiverem ou é só charme da ilustração escolhida ???

    O reabastecimento por boom foi só oferecido pela IAI ou a FAB vai mesmo incorporá-lo na sua encomenda ???

    Embora a FAB atualmente não opere nenhuma aeronave reabastecida pelo sistema boom existe duas razões para aproveitar esta encomenda e gastar um pouco mais para dotar a opção BOOM.

    Ter a opção futura de operar este sistema (talvez seja até ADEQUADO dotar futuramente os KC-390 de receptáculo para BOOM de maior capacidade) em futuras aquisições.

    E de imediato facilitar a participação de nações amigas que adotam o sistema nos exercícios CRUZEX.

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