Do Rio de Janeiro
Um projeto polêmico desde o início, e que já passou de aeronave insegura e quase “incontrolável” para uma das aeronaves mais confiáveis da frota militar norte americana, que já teve sua utilidade questionada, e que agora é fundamental para as operações de projeção de força, o V-22 Osprey pode se superar mais uma vez.
A Bell-Boeing, fabricante da aeronave, anunciou esta semana que testou com sucesso o emprego de foguetes não guiados de 70mm a partir de lançadores M260 instalados à esquerda da cabine de comando de um V-22 de ensaios, pertencente ao VMMT-204 Squadron dos Marines.
V-22 Osprey do VMMT-204 durante os testes com foguetes 70mm – Fotos: Textron
A aeronave em questão, que é de propriedade da US Navy e cedida para testes do fabricante sob um prefixo civil, recebeu modificações sutis na parte externa com a instalação de um suporte para até dois casulos M260. Os testes foram conduzidos no mês de Novembro, no Campo de Provas do Exército Norte Americano em Yuma, no Arizona.
O emprego de armamento fixo no V-22 não é novidade, tendo sido operado em combate no Afeganistão e Iraque equipado com uma torre BAE Systems Remote Guardian, armada com uma metralhadora GAU-17, além do uso rotineiro de uma metralhadora M2 de calibre .50 fixada na rampa de carga e operada manualmente.
Porém a diferença destes testes é o emprego de armamento mais potente e direcionado para a frente, de forma ofensiva. Isso eleva o V-22 Osprey da condição de um transportador de carga e tropa, para uma aeronave com alguma capacidade de ataque, e que se tudo der certo, só tende a crescer.
Foto: Textron
É vislumbrado no futuro o emprego de armas mais sofisticadas neste esquema, como o uso de mísseis ou casulos de canhões, basicamente os mesmos armamentos empregados nas aeronaves de ataque como o AH-1Z Viper e que até então são despachadas para missões de suporte ao V-22, algo que pode não ser mais necessário em um futuro próximo.
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