De Brasília
No dia 2 de maio dois helicópteros de ataque Mi24 da forças ucranianas foram abatidos, este fato se repetiu em 5 de maio, as 14:30 hora local de Slaviansk, onde ocorreu nas proximidades da cidade o abate do terceiro Mi-24. As forças de Kiev contam agora com cinco helicópteros abatidos: três Mi-24, e dois Mi-8MT. O primeiro Mi-8MT perdeu-se na ação contra o aeródromo de Kramatorsk, que foi por aqui noticiado pela mídia brasileira como uma operação sem perdas para a Ucrânia, e o segundo Mi-8MT foi avariado de forma intensa e abandonado no dia 2 de maio. Os federalistas anunciam que os eventos do dia dois de maio culminou com a captura do Capitão Eugene Krasnokutsk.
O helicóptero Mi-24 abatido no dia 5 último não aparenta danos graves nas fotos, não sendo possível nelas ver alguma perfuração, dado que foi alvejado por “metralhadoras pesadas”, segundo a comunicação efetuada pelos Federalistas. As perdas dos helicópteros possuem uma carga simbólica evidente, pois são oriundos da 16ª Brigada de Aviação do Exército da Ucrânia, sediada na região de Lviv, na base de Brody, oeste da Ucrãnia. Unidade, portanto, distante da região em levante.
Informações recentes dão conta que o mesmo helicóptero após ter realizado o pouso forçado e abandonado pela tripulação, fora alvejado por aviação de caça ucraniana para evitar cair em mãos dos opositores. Antes da queda o helicóptero ainda atingiu fios de energia, oque pode ser visto no vídeo abaixo.
Em reportagem recente do New York Times realizada no leste da Ucrânia, percebe-se que o discurso de apoio russo aos insurgentes é um engodo midiático, pois não foi constatada a presença de soldados russos, mas de populares nas faixas etárias compreendidas entre 30 e 50 anos, veteranos de guerras soviéticas como da Federação Russa (Afeganistão, Chechênia e Ossétia do Sul), alguns deles com treinamento em forças especiais. Não são ingênuos e sabem lutar, no entanto, carecem de um armamento condizente com a capacidade pessoal. Ainda assim, mesmo com poder de fogo maior, como helicópteros de ataque e blindados, as forças ucranianas são cautelosas e pouco audazes frente aos Federalistas. Uma resposta para esse andar de tartaruga, de operações que começam e terminam, pode estar no mal estar das tropas ucranianas de enfrentar o seu próprio povo. Ademais, os eventos ocorridos em Odessa, onde neo-nazistas queimaram vivos 36 cidadãos da cidade em um prédio público acabam por jogar uma sombra sobre as autoridades acantonadas em Kiev, devido a flagrante omissão da força pública, motivo inclusive, da invasão da prisão local por populares para a libertação dos partidários da federalização, então detidos.
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