Aeronave P-95M faz seu primeiro voo durante a modernização

Published on: 19/01/2014

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De Campo Grande – MS


No dia 18 de dezembro do 2013 aconteceu o primeiro voo do P-95M que foi conduzido por um piloto de ensaio do Instituto de Pesquisa e Ensaios em Voo (IPEV) em conjunto com a tripulação do Segundo Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação 2º/7ºGAv.

P-95M na pista de rolagem – Foto: IPEV

Painel novo do P-95M – Foto: Pedrofoss(via youtube)


O objetivo do primeiro voo foi verificar a integração dos sistemas básicos de voo, como indicação de parâmetros de motor e do sistema anemométrico, de forma a garantir a segurança dos voos subsequentes. Está prevista a continuação dos voos de ensaio em 2014, com voos de calibração anemométrica, ajustes do sistema de piloto automático, verificação dos sensores de navegação e ensaio dos sistemas de missão incorporados.

A campanha de ensaios em voo e de certificação está prevista para ser finalizada para outubro do corrente ano e será conduzida pela equipe de ensaio do IPEV em conjunto com a equipe de engenharia do programa P-95M da AEL Sistemas. O suporte logístico será feito pelo PAMA-AF.


Vídeo do primeiro voo.




O P-95 Bandeirulha

O EMBRAER EMB-111 Bandeirante Patrulha, também conhecido pelo apelido de “Bandeirulha”, foi criado a partir do avião de transporte leve Bandeirante e tem como função o patrulhamento marítimo.O projeto foi apresentado à Força Aérea Brasileira no ano de 1975 como um substituto para os antigos Lockheed B-69 Neptune. Em 1976 foi feita uma encomenda de 12 unidades para a FAB, entregues entre os anos de 1977 e 1979, sendo denominados como P-95 Bandeirulha.

Neste mesmo período, a Armada do Chile encomendou 6 unidades, entregues entre 1978 e 1979. Estas possuíam um sistema completo de anticongelamento no bordo de ataque das asas.Em 1981, um EMB-111 foi fornecido à Força Aérea do Gabão.Ao final da década de 1980, mais 10 unidades foram encomendadas pela FAB, sendo estas denominadas P-95B.

O Bandeirante Patrulha foi desenvolvido em cima da plataforma do já existente Bandeirante, seu alcance foi expandido com o uso de tanques na ponta das asas, cada um com capacidade de 318 litros de combustível, semelhantes ao do avião de treinamento Xavante.A instalação dos cabides subalares e dos tanques de combustível exigiu que fosse feito um reforço significativo da estrutura na junção da asa com o trem de pouso.

Como resultado direto do aumento do alcance, o peso máximo de decolagem da aeronave aumentou para 7000 kg.

Em 1982, durante a guerra das Malvinas, e devido ao avançado estado de obsolescência de seus aviões Neptune, a Armada de la República Argentina (ARA) viu-se sem meios de patrulha marítima adequados para sua necessidade. A ARA então alugou dois Bandeirulhas da Embraer atraves da assistência militar que vigia naquela época. Os dois aviões foram operados no auge da guerra, a partir de maio, e devolvidos à FAB ao término do conflito.

Portal Defesa(via IPEV e Wikipedia)

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