Do Rio de Janeiro
Os quatro submarinos Scorpène encomendados pela Marinha do Brasil contarão com um sistema de proteção contra torpedos moderno chamado CONTRALTO-S, que utiliza tecnologia de ponta desenvolvida pela DCNS .
O sistema, que possui a versão S para submarinos, e a versão V para navios de superfície, se baseia na técnica de confusão e diluição para enganar torpedos que se aproximem da embarcação ao criar múltiplos sinais que são interpretados pela arma como múltiplos alvos, obrigando o torpedo a reorganizar a lógica de ataque.
O que confunde, porém, é que dezenas dos falsos alvos são idênticos e convincentes, fazendo com que o torpedo não se decida ou demore muito para travar em um alvo. E mesmo travado, o alvo provavelmente será falso.
O CONTRALTO-S/V consiste em um sistema de reação, um sistema lançador de contramedidas, e as contramedidas em si, chamas CANTO-S/V.
A CANTO-S consiste em uma cápsula emissora com aletas estabilizadoras que permitem que ela permaneça mais tempo entre o submarino e o torpedo. Cada cápsula pesa 20kg, tem validade de 20 anos, e permanece até 10 minutos em operação após ser lançada.
O CONTRALTO-S é integrado aos sistemas de combate do submarino e, assim que uma ameaça é detectada, ele analisa a trajetória do torpedo (ou torpedos), lança as cápsulas CANTO-S e sugere a manobra evasiva mais efetiva para aquele cenário.
Como as cápsulas emitem no mesmo segundo em que são lançadas, o sistema pode ser acionado até mesmo contra um torpedo lançado a curta distância.
O primeiro Scorpène brasileiro, já equipado com o sistema, deve iniciar seus testes de mar em 2016.
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