Do Rio de Janeiro
A Embraer tem demonstrado cada vez mais seu crescente interesse no mercado de Defesa, tanto no Brasil como no exterior, e isso tem resultado em cada vez mais programas em execução neste setor, e cada vez mais contratos e compras de empresas menores.
A empresa venceu a concorrência do programa LAS (Light Air Support) da Força Aérea Americana, e está seguindo a risca o cronograma de construção da linha de montagem do EMB-314 Super Tucano em Jacksonville, na Flórida /EUA. Para isso, já contratou um total de 1369 pessoas em 23 estados americanos, incluindo 39 profissionais altamente qualificados.
Com isso, a Embraer segue com a previsão de entregar a primeira aeronave já no meio do ano que vem.
Paralelo a isso, muitos outros programas de defesa da Embraer seguem a todo vapor, como sua carteira de modernizações, que atende neste momento as aeronaves AF-1 da Marinha do Brasil com o voo do primeiro protótipo ocorrido em agosto, 20 aeronaves A-1 da Força Aérea Brasileira já nas instalações da Embraer, de um total de 43, e com a entrega da primeira aeronave modernizada em setembro deste ano, e 11 caças F-5 também da FAB para finalizar o programa de modernização dessas aeronaves.
Outro programa que está sendo desenvolvido é o do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicação Estratégica (SGDC), projetado pela joint venture entre a Embraer e a Telebras chamada Visiona Tecnologia Espacial. Este projeto já possui a lista de fornecedores concluída, contando entre eles com a Thales Alenia Space e a Arianespace, e entra na fase de contratação destes fornecedores para prosseguir com o desenvolvimento do equipamento.
O carro chefe do setor de Defesa talvez ainda seja o KC-390, cargueiro militar sendo desenvolvido pela Embraer com requisitos para as Forças Armadas Brasileiras. O projeto caminha a passos largos para o primeiro protótipo. E ao que tudo indica, mantém seu Roll Out previsto para o ano que vem.
A Embraer tem anunciado constantemente a aquisição de empresas menores do setor, como a Atech em setembro passado, a fim de possuir uma linha de produtos e serviços variada, e absorver Know-How para o desenvolvimento de novas tecnologias para suas aeronaves, tanto de Defesa, quanto as civis.
Foi anunciado hoje também que a empresa obteve lucro líquido no terceiro trimestre deste ano de R$ 118,7 milhões, 10,5% abaixo do mesmo período do ano passado, mas com expectativa de um forte crescimento no futuro tendo em vista que sua carteira de pedidos firmes é a maior desde 2009, com previsão de US$ 17,8 bilhões em vendas.
Portal Defesa